Expectativas da taxa Selic para 2023
- admsindicatobancar
- 25 de out. de 2022
- 2 min de leitura
No primeiro dos dois dias de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, a expectativa majoritária de agentes financeiros é de que a autoridade mantenha a Selic em 13,75% ao ano.

Com isso, o olhar do mercado deve se voltar para os próximos passos. ou seja, para sinalizações do BC a respeito do corte de juros, que deve ser iniciado no ano que vem.
Em pesquisa feita pela XP, 71% dos gestores consultados acreditam que o primeiro corte deve ocorrer no segundo trimestre de 2023, enquanto 29% dos gestores acreditam que o ciclo de cortes deve iniciar apenas no terceiro trimestre do ano que vem.
A XP também questionou qual deve ser o percentual de Selic encontrado no fim do ciclo de cortes.
Para a maior parte dos gestores (57%), a taxa básica de juros deve encerrar os cortes abaixo de 10% ao ano.
Por outro lado, 43% das casas defenderam que ela deve ficar entre 10% e 11% ao ano, portanto, acima dos dois dígitos ao fim do ciclo de quedas.
Os dados foram obtidos a partir de perguntas enviadas a 18 casas renomadas, como a ARX Investimentos, Legacy Capital, Kapitalo Investimentos e Kinea Investimentos, para citar alguns exemplos.
As entrevistas foram feitas nos dez primeiros dias deste mês e envolvem as posições de fundos de renda fixa, ações e multimercados no terceiro trimestre deste ano.
Ainda que estejam mais alinhados sobre o fim do ciclo de alta da Selic, as exposições a juros no País das carteiras de fundos multimercados evidenciam uma divisão entre os gestores: 50% destacaram que estão com posições que se beneficiam da queda dos juros brasileiros (aplicados), enquanto a outra metade preferiu não adotar uma posição direcional em juros no Brasil.
Com relação ao cenário internacional, a grande preocupação está no aperto monetário dos Estados Unidos (50%), seguido por riscos geopolíticos (33%) e preocupações com a inflação alta de forma mais persistente (17%).
Nesse sentido, 66% dos gestores de multimercados ouvidos pela pesquisa disseram estar com posições que se beneficiam da alta dos juros (tomados), com destaque para os Estados Unidos.
Em contrapartida, 17% das casas não estavam com posições ativas em juros globais e os 17% restantes destacaram que detinham posições aplicadas em juros internacionais.
Fonte: Infomoney
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